Babado nos bastidores: autoboicote

Há alguns dias, eu e o Katsuyo começamos a gravar alguns vídeos nossos para a Oneness e a minha pessoa, que na maioria das vezes fica atrás das câmeras, foi pra frente. Já fazia um tempinho desde a última vez que apresentei algo pra valer, então quando fomos editar o material e me vi na tela, minha gente… achei 547 defeitos em mim. No jeito de mexer a boca, nos cílios, no cabelo, na roupa, nas mãos, no que eu disse, no que eu não disse. Pensei em gravar tudo de novo, desisti, pensei mais uma vez. ⠀⠀
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E esse “drama” todo tem nome: medo (com uma boa dose de perfeccionismo, que quando Deus foi me criar ia botar um tico e acabou despejando o saco todo).

Eu não sei exatamente como os outros me vêem, mas eu não sou segura.

Quantas vezes, na época da escola, eu mostrei alguns textos meus pra amigas fingindo que alguém “X” escreveu porque não tinha coragem de dizer que tinha sido eu?

Quantas ideias e conteúdos eu engavetei porque achei que não eram bons o bastante?

Quantas vezes eu disse que não sabia de que buraco saía a coragem de quem troca o “certo” pelo “sonho” até me dar conta de que eu também era capaz de empreender?

Na verdade, acredito que o que todo mundo busca quando coloca o coração em algum projeto é a aprovação das pessoas. E com medo dela não vir, a gente se autosabota: “não tá bom”, “não sei falar”, “meu nariz é grande”, “e se rirem de mim?”. Talvez riam de fato, talvez só ignorem. Mas eu vi que existem os que incentivam e até os que agradecem o seu trabalho, e esses… esses fazem tudo valer a pena.

E você? Quantas vezes você viu defeitos em si a ponto de desistir de alguma coisa? Será que os defeitos que você vê em si mesmo, as pessoas também vêem?

Dois dias depois eu reassisti a gravação e disse pra mim mesma: “vamos continuar”. Se pudesse eu mexeria no vídeo até Jesus voltar, mas ao invés disso, colocamos no ar. E por incrível que pareça, foi um alívio não me autossabotar dessa vez.

Porque afinal de contas… sonhos não se realizam na gaveta, certo?

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